domingo, 15 de agosto de 2010

O Último Romântico - Parte 3










Como o sol que brilha solitário.
Esperando a sua lua.
Tão distante, sem nunca poder tocar.
Esperando o tempo inteiro.
Por toda a vida.
Até a hora do fim.
Como uma estrela cadente.
Que vai caindo vagarosamente.
Mas que realiza três desejos antes do fim.
Sou assim.
Não um gênio da lâmpada.
Um romântico, eterno sonhador.
Provavelmente ei de morrer por amor.
Mas não hoje. Não agora.
Ainda há muito a mostrar.
Para essa geração que não aprecia o mar.
Nunca viu no seu reflexo o luar.
E as estrelas, quem sabe se um dia irão apreciar.
Tanta beleza...
Esqueceram da nossa natureza.
Esqueceram do que é verdadeiramente amar.
Só pensam em dinheiro, em crescer e conquistar.
Fácil é chegar ao topo.
Difícil é manter-se lá!
Imagine-se com seu amor ao lado.
No outro dia sozinho estará.
E o que sobrar de seu coração.
Serão cacos que cortarão outros corações.
Tudo isso por um amor irreal.
Um amor totalmente desleal.
Essa geração que nunca amou.
Se quer se apaixonou.
Não sabe o que é carinho.
Não sabe o que é atenção.
Essa é a geração parte coração.
Por isso sou surreal.
Permaneço sozinho.
Esperando ao longe encontrar,
Um amor pra recordar.
Recordar o que é ser feliz.
E não ter de me preocupar.
Se novamente me apaixonar.
Um eterno Romântico.
Um autêntico sonhador.
Aquele que viveu de perto a dor.
Da desconfiança e da paixão.
Tamanha a minha ilusão.
Achar que alguém realmente me entenderia.
Pensar que um dia o mundo mudaria.
Que o amor prevaleceria.
Cada dia existem menos.
Não conheço nenhum mais.
Nem sei se sou real.
Mas permaneço aqui.
Persistente até o fim.
E pra ficar assim...
Que venha logo.
Sou apaixonado pela vida.
Mas minha paixão não tem sentido.
Me sinto vazio e incompleto.
Me sinto sem você!
Permaneço sendo
O Último Romântico.

Jarbas Neto

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