Que toma-me a alma.
Leva-me a beleza e a pureza.
Deixa-me dor e solidão.
Crava tuas garras em meu peito.
Arranca-me o coração.
Sem meu artefato sou insano.
Totalmente amargurado.
Jorra sangue negro pelo corpo.
Esparrama pelo chão.
Brota fúria em meu olhar.
Nunca mais doce paixão.
Um amor não vivenciado.
Que foi pura ilusão.
Pobre pequenina.
Pensou me sobrepujar.
Mal sabe ela...
que eu estava a caminhar.
A beira de um precipício.
Que leva direto ao 'Estige'.
Lá Caronte, o barqueiro da morte me aguarda.
Mas não levar-me-á.
Não sem antes encontrar a mulher amada.
Aquela que me seguirá.
Seja ao céu ou ao inferno.
Seja nesta ou em outra vida.
Voltarei pra te buscar.
Minha amada maldita.
Que pôs-me a enterrar.
Jarbas Neto
Nenhum comentário:
Postar um comentário